quarta-feira, 28 de março de 2012

Eu queria saber por que...
Por que a insegurança agora está na liderança?
Por que o medo está onde a bravura deveria reinar?
Por que isso dói tanto, ao ponto de me agonizar?
E eu não sei chorar, não tenho voz pra gritar
e com as mãos atadas, tampouco posso gesticular
Não tem como explicar.
Não existe uma estrada para correr
nem um canto para eu me esconder
E fingir...
Mas está aqui, vivo dentro de mim
vivo e me matando, como sangue jorrando
E quando leio essa tentativa de expressão, rio
E depois, sinto-me ainda mais inútil
por tanto drama, talvez por exagero
mas ninguém vai entender meu desespero
e, de novo,
nada se resolve.
E eu queria saber por que...

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Pra gente

E pensou que podia
então foi e fez
pois se ao menos dessa vez
fizesse o que queria
poderia então pensar
que realmente podia,
e faria
sem precisar se preocupar
mas logo precisaria
e talvez não aguentaria
mas aguentou
Lutou, sorriu e não chorou
desabou, mas não parou
levantou-se, recompôs-se, cresceu
e ninguém mais percebeu
até que, de repente,
surpreendeu toda a gente:
descobriu a palavra eu.
Desde então, esfriara
Restou-se como a pessoa solitária
Nunca mais se enamorara
Até que, novamente, com vigor,
sem pensar muito na dor,
redescobriu o Amor
Novamente sonhou.
Novamente cantou.
Sensibilizou-se e hesitou
Mas, felizmente (ou não),
doente ou são,
o Amor sempre ganha.
Foi inevitável pra ele
É inevitável pra gente.